Senadores Democratas Bloqueiam Projeto de Lei de Stablecoins Após Controvérsia com Trump e Memecoin Relacionado
Senadores democratas dos EUA bloquearam um projeto de lei sobre stablecoins, apoiado pela indústria de ativos digitais, após a polêmica envolvendo os empreendimentos em criptomoedas do presidente Donald Trump. O projeto não conseguiu apoio suficiente (49 a 48 votos), ficando abaixo dos 60 necessários para superar uma obstrução (filibuster). Democratas como Brian Schatz e Chris Coons argumentaram que a legislação ainda não estava pronta, já que faltava um texto final que refletisse um compromisso entre as partes. Republicanos rejeitaram a inclusão de uma cláusula que proibisse Trump e outros altos funcionários de lucrar com criptomoedas enquanto estiverem no cargo, alegando que isso seria excessivo.
A legislação, considerada essencial para regular o setor de stablecoins e proteger os consumidores, ainda pode ser retomada em breve, já que muitos democratas veem a regulação como fundamental. O senador Mark Warner, que votou contra o projeto, expressou esperança de que o tema seja revisitado. A indústria de ativos digitais espera que a aprovação do projeto represente um ponto de virada, especialmente após a promoção de um memecoin ligado a Trump, cujas vendas subiram após um concurso que oferecia recompensas a detentores. Senadores como Elizabeth Warren classificaram esses incentivos como corruptos, destacando que o desfecho foi uma vitória para ela, que pressionou os democratas a obstruir o projeto sem a cláusula de proibição de lucros pessoais.
O bloqueio do projeto reflete a tensão entre a regulamentação do setor cripto e a política do governo Trump, que tem incentivado investimentos em criptomoedas. A ausência de um acordo imediato pode atrasar a criação de um marco regulatório, mesmo que a indústria continue lobby pela aprovação. A disputa envolve não apenas questões de mercado, mas também a ética da política, já que a associação entre criptomoedas e ações de políticos como Trump levanta críticas sobre conflitos de interesses. A possibilidade de um acordo futuro dependerá de uma conciliação entre os partidos, com os democratas priorizando a proteção dos consumidores e a transparência no setor.